sábado, outubro 20, 2012

A cor da cultura



http://www.acordacultura.org.br/

A Cor da Cultura é um projeto educativo de valorização da cultura afro-brasileira,
 fruto de uma parceria entre o Canal Futura, a Petrobras, o Cidan – Centro de
 Informação e Documentação do Artista Negro, a TV Globo e a Seppir – Secretaria
 especial de políticas de promoção da igualdade racial. O projeto teve seu início em
 2004 e, desde então, tem realizado produtos audiovisuais, ações culturais e coletivas 
que visam práticas positivas, valorizando a história deste segmento sob um ponto de 
vista afirmativo.




“O povo negro entendeu que o grande vencedor
Se ergue além da dor
Tudo chegou sobrevivente num navio
Quem descobriu o Brasil? 
Foi o negro que viu a crueldade bem de frente 
E ainda produziu milagres de fé no Extremo Ocidente.”




A QUESTÃO RACIAL NO MUNDO CONTEMPORÂNEO
Atualmente, o debate sobre as relações étnicas e raciais não ocorre apenas no 
Brasil. Segundo o Relatório de Desenvolvimento Humano de 2004, os quase 200 
países do mundo possuem em torno de 500 grupos étnicos, sendo que 
apenas 30 países não têm uma minoria étnica e religiosa que constitua pelo 
menos 10% da população. Estima-se que quase 900 milhões de pessoas – um 
sétimo da população mundial – fazem parte de algum grupo discriminado 
em seus próprios países. O mesmo relatório apontou que, desse número, cerca de
 518 milhões sofrem algum tipo de discriminação e/ou segregação sistemática
 derivada de motivos religiosos, raciais ou étnicos. Por outro lado, os 
movimentos migratórios atualmente em ascensão em todo o mundo, bem 
como o avanço do processo de globalização econômica, financeira e cultural, 
vêm promovendo experiências de interpenetração de culturas.


Uma outra música será evocada para enriquecer o trabalho de professores e 
professoras pesquisadoras: Ao Povo em Forma de Arte, escrita em 1978, por 
Wilson Moreira e Nei Lopes, para a  Escola de Samba Quilombo, do Rio de 
Janeiro. Essa canção, para nós, é como um farol – ilumina vários caminhos 
que, embora destacados no singular, são plurais: 
“(...) Há mais de quarenta mil anos atrás
A arte negra já resplandecia
Mais tarde a Etiópia milenar
Sua cultura até o Egito estendia
Daí o legendário mundo grego
A todo negro de ‘etíope’ chamou
Depois vieram reinos suntuosos
De nível cultural superior
Que hoje são lembranças de um passado
Que a força da ambição exterminou
Em toda a cultura nacional
Na arte e até mesmo na ciência
O modo africano de viver
Exerceu grande influência
E o negro brasileiro
Apesar de tempos infelizes
Lutou, viveu, morreu e se integrou
Sem abandonar suas raízes.


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